Por muitos anos, o principal alvo das críticas, no que se refere ao controle da mídia, sempre foi a Rede Globo. Merecidas, obviamente. No entanto, creio que as outras emissoras acabaram se safando dessas pauladas. Escamoteadas até por demais, só sobrou o “o povo não é bobo” nesses tempos.
Sempre creditei a programação do SBT, por exemplo, uma coisa sofrível. Primeiro, quando colocavam homens dentro de uma banheira com mulheres seminuas. Depois com a espetacularização do sofrimento de nordestinos pobres na capital econômica do País. Jogavam um por um de volta para suas terras. Lembram?
Mais recentemente uma jornalista fazia um escarcéu a cada edição do telejornal de nível nacional, da emissora. Cada palavra proferida por ela era uma chicotada que reverberava (e ainda reverbera) os tempos de senzala e de porões da ditadura.
Hoje com o retorno de uma ordem que andava sumida no Brasil, o SBT tem mostrado ainda mais suas garras afiadas e preconceituosas. Conhecida a vitória de Jair Bolsonaro, então… Vemos apresentadores elogiando diuturnamente o novo chefe do Executivo, além do retorno de propagandas nacionalistas na programação daquela TV.
Sinceramente não sei bem o que esperar para nós. (Sim, há um nós e um eles, neste momento). E olhem que nem citei TV Bandeirantes, Rede TV e, a pior de todas: a TV Record, que ajudou a colocar essa mentalidade de volta ao poder.
Queria acreditar que é apenas só mais uma angústia minha, infundada, mas olha: tá difícil, viu? E esse é só o início de um governo que ainda nem começou.
Fala, Wanderson! 